sexta-feira, 10 de agosto de 2012

SÉTIMO MANDAMENTO

NÃO ROUBAR
O Brasil está assistindo ao julgamento do “mensalão” pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Depois de vários anos de denúncias, investigações e processos políticos no Congresso Nacional, agora chegou a vez de a Suprema Corte do País se pronunciar:
Se houve crimes qualificados pelo Código Penal e se haverá condenação ou absolvição dos indiciados no processo.
O Brasil espera que este julgamento seja exemplar e constitua uma virada de página na história de corrupções e desonestidades no uso do poder político. A corrupção é uma das maiores manchas da política nacional.

 Não é inevitável que o poder corrompa, como afirma o ditado popular.
O poder legitimamente conferido é, por natureza, um serviço ao bem comum; mas a tentação do mau uso do poder, em função de vantagens ilícitas e até claramente desonestas e lesivas do bem comum, pode ser muito forte.

Por isso, requer-se honestidade e retidão de caráter de quem está investido de poder em qualquer instância.
Sob a sociedade cabe: vigilância e controle permanente sobre o poder. O problema da corrupção, porém, não se restringe às altas ou baixas esferas do poder público; a tentação ronda igualmente o cidadão comum, nas suas relações sociais e até familiares.

De fato, o desrespeito ao bem alheio, o roubo, a desonestidade nas relações sociais estão presentes por toda parte; com muita freqüência, o roubo vem acompanhado de ações violentas e até de assassinatos; assaltos à mão armada e seqüestros criam um clima de medo e insegurança, aterrorizam muitas pessoas, que recorrem a todo tipo de expedientes para se proteger e defender.

Resolveria fazer mais leis, tornar as penas mais rígidas, construir mais cadeias?
Certamente, as autoridades competentes precisam agir de maneira adequada para dar segurança à população; porém, nenhuma lei escrita será suficiente e eficaz, se não houver a percepção clara e o respeito da lei moral, que está inscrita na consciência: não roubarás.

 A corrupção em escala política ou nas relações sociais e inter-pessoais, de fato, tem suas origens na corrupção da consciência moral e do caráter das pessoas. Corrupção equivale à deterioração, que também é qualificada como podridão. Aquilo que está corrompido perde qualidade e tende a se desintegrar.

Geralmente, a corrupção da consciência moral não se expressa apenas em algum comportamento desonesto isolado, mas numa série de atos e atitudes desaprováveis. A corrupção da consciência moral é um fato muito grave, cujas  conseqüências são as desonestidades, a dissolução dos costumes, a perda de qualidade nos comportamentos e nas relações humanas e da própria dignidade.

Eis, então, que é mais que oportuno recordar o sétimo mandamento da Lei de Deus: “não roubar”: simples, claro, sem rodeios, eis o que é moralmente bom. Assim o percebe a consciência, mesmo sem grande necessidade de formação.

 Não daria para afirmar que o contrário é moralmente bom. 
Roubar não é bom, não é um bem moral. Nem quando daí, decorrem vantagens.

A vantagem e a utilidade não são critérios que qualificam os atos como moralmente bons; infelizmente, este é um equívoco freqüente. Temos urgente necessidade de formar a consciência moral pela educação, em todos os momentos da vida; a formação da consciência moral começa na infância e para isso contribuem muito os exemplos dos adultos. É necessário educar o caráter, para que seja reto e forte e não se deixe levar pela tentação!.

Por Dom Alfredo

Fonte: site Diocese de Parnaiba


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1 Comentario "SÉTIMO MANDAMENTO"

Coordenação da Comunidade N. Sra. Aparecida disse...

Esse texto não é autoria de Dom Alfredo! Ele o está utilizando do
Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo (SP), e foi publicado primeiramente aqui: http://www.cnbb.org.br/site/articulistas/cardeal-odilo-pedro-scherer/9990-quinto-mandamento-nao-roubar