sábado, 23 de março de 2013

CONFESSAR É RECOBRAR A BELEZA DA ALMA


Algumas objeções frequentes à confissão são: "Eu não me confesso, porque não quero perder a minha autoestima". Outros dizem que sempre cometem os mesmos pecados, para que se confessar frequentemente? Isso denota infantilidade, porque é próprio da criança se queixar do bem que lhe é feito, só porque ainda não sabe apreciá-lo como bem. A vergonha é natural nestes assuntos, como também é natural ter quase sempre os mesmos pecados, devido aos hábitos que cada um tem.

O que mais agrada a Deus é a nossa humildade. Uma pessoa que reconhece as suas faltas é como um belo jardim onde cresce todo tipo de belas flores. A humildade é a condição das demais virtudes, é a terra fértil, a água e o sol que o terreno precisa. A humildade expressa abertura, aceitação, docilidade e quando Deus vê que uma pessoa manifesta essas condições faz crescer todo tipo de belas virtudes.

A humildade é a base de todo progresso na virtude. Uma empresa que quer se superar faz um exame rigoroso e periódico. Fruto desse exame são as devidas melhorias que muitas vezes trazem dor, mas são necessárias para o progresso e, por isso, se efetuam os redimensionamentos nas empresas. De forma análoga, a humildade requer desprendimento interior, controle pessoal, e isso não é fácil, mas, na medida em que faço atos de humildade, a dificuldade vai desaparecendo, chegando-se até a experimentar certo prazer em praticar a humildade.

Deus conhece todas as nossas faltas, de forma que eu não posso surpreendê-Lo. Com certeza poderia nos perdoar mesmo antes de que nos confessássemos, mas Ele espera com paciência, sem exercer violência. Deus é como esse pai, que dá dinheiro para o filho comprar um presente para o aniversário da mãe. O mérito é todo do pai, mas quer compartilhá-lo com o filho. Deus sabe que o melhor para a nossa alma é estarmos reconciliados com Ele, por isso ilumina o nosso interior para que nos encaminhemos à confissão e assim recebamos as graças que o sacramento confere.

O sacramento da confissão é um presente de Deus. Nele, Deus entra em contato direto com os Seus filhos. No ato da confissão, manifesto a Deus arrependimento pelas ofensas que cometi. No ato do perdão, Deus está dizendo: “Tu és importante para mim”. No ato de aconselhar, Deus expressa o caminho que devo seguir para manter a amizade com Ele.

Não temos nada a perder, aliás, só a sujeira do pecado. Temos muito a ganhar: a vida da alma, que é a amizade com Deus. Não se confessar é recusar o remédio que dá a vida, é desperdiçar a graça de Deus que passa e não volta mais.

Não deixe de se confessar neste último período da Quaresma

Fonte: Pastoralis

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