quinta-feira, 4 de abril de 2013

PESCADORES DE HOMENS

A vocação de São Pedro nos dá a ocasião de refletirmos sobre o como precisamos ser pescados por Deus e sobre qual o método que devemos usar para pescar os homens para Deus. A própria metáfora de “pescador” nos recorda que deve haver uma morte. Pescar é matar um peixe causando uma “ruptura” com o seu meio ambiente vital, a água. Assim, pescar uma pessoa e dar ocasião à sua ruptura com o mundo.

Há quem afirme que isto seria contrário ao método pastoral “aggiornato” proposto pelo concílio. Mas não é assim. O próprio servo de Deus, Papa Paulo VI nos recorda em seu testamento:

    Sul mondo: non si creda di giovargli assumendone i pensieri, i costumi, i gusti, ma studiandolo, amandolo, servendolo. Sobre o mundo: não se creia de ajudá-lo assumindo os seus pensamentos, costumes e gostos, mas estudando-o, amando-o e servindo-o.

Como um pescador que estuda o mar e conhece o comportamento dos peixes, podemos investigar o espírito mundano, mas sem nos adaptarmos à mundanidade. Esta “morte para o mundo” só tem sentido se a considerarmos à luz do mistério pascal. Ao entrarmos nestes dias de quaresma, abracemos a morte para o pecado e recebamos a graça da ressurreição que vem no amor. É este o único caminho, pois não haverá aleluias pascais, para quem se recusar a chorar a Sexta-feira Santa.

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