Durante a 3ª Semana Brasileira de Catequese as
reflexões bíblicas, muito profundas e fáceis de assimilar, propostas pela dupla
Frei Carlos Mesters e Francisco Orofino, levaram os participantes a se
apaixonarem mais ainda por Jesus Cristo. Juntos, um completando o outro, sempre
de forma apaixonante, foram evidenciando principalmente alguns aspectos de Jesus
enquanto “Formando” e “Formador”.
É fundamental que todo catequista ou evangelizador
tenha Jesus como seu modelo inspirador. O problema é que muitos veem Jesus
somente como o Mestre que ensina com autoridade e se esquecem, que antes disso,
Jesus foi um formando bem aplicado. Afinal, se ele foi igual a nós em tudo,
menos no pecado, ele também teve seu processo de aprendizagem assim como todo
ser humano.
Carlos Mesters afirma sem nenhuma dúvida: “Jesus
foi um bom mestre, porque antes foi um bom discípulo; foi um bom catequista
porque foi um bom catequizando; foi bom formador, porque foi e continuava sendo
um bom formando. Falando de Jesus formando e formador, não se trata de dois
períodos distintos, como se nos trinta anos em Nazaré ele fosse só formando, e
nos outros três anos fosse só formador. Na realidade, o formando sempre é fator
de formação para seu próprio formador. O formador se forma formando seus
discípulos. O formando se forma convivendo com o formador”.
Fundamentalmente a escola de Jesus foi na família,
e na comunidade, onde foi conhecendo a história de seu povo através do contato
frequente com a Bíblia. Foi por causa de sua intimidade com a Bíblia, que Jesus
foi desenvolvendo sua experiência de Deus como Abba, Pai. Por isso, suas
palavras e gestos, nascidas dessa experiência de Filho, sem mudar uma letra
sequer, mudaram todo o sentido do Antigo Testamento. Mais do que falar sobre
Deus, Jesus irradiava para todos uma nova imagem de Deus que o animava por
dentro: não a imagem de um Deus severo, que impõe medo, mas de um Deus ternura,
que acolhe de forma amorosa e permanece na vida das pessoas.
Enquanto formador, Jesus acompanhava os discípulos
como amigo: convivia com eles, comia com eles, andava com eles, se alegrava com
eles, sofria com eles. Através dessa convivência os discípulos iam se formando,
pois iam percebendo a forma humana que Jesus dava à sua experiência de Deus
como Pai. Assim através dessa experiência de vida comunitária ao redor de Jesus,
ia ficando claro para os discípulos que eles também tinham a mesma missão de
Jesus Cristo: participar efetivamente no anúncio do Reino de Deus.
Conheça e aprofunde mais
sobre esse tema no livro “3ª Semana Brasileira de Catequese. Iniciação à Vida
Cristã”, publicado pela “Edições CNBB”, nas páginas 117-151. Consulte o site www.edicoescnbb.com.br e veja como adquirir este
livro.
|
Pe. Luís Gonzaga
Bolinelli – Doutrinário
Fonte: Blog Catequese e Biblia.
0 Comentarios "Jesus: Discípulo e Mestre"
Postar um comentário