terça-feira, 5 de junho de 2012

De onde vem a “autoridade” do catequista?


A autoridade  que nos foi dada pelo próprio Cristo.
Num encontro com os catequistas, muitos falavam da dificuldade em fazer acontecer seus encontros. A mesma história de sempre: crianças dispersas, desinteressadas, parece que estão vindo pra catequese, como se fossem pra balada, para uma roda de amigos, para conversar, brincar.
Foi falado também que o catequista precisa ter pulso firme, impor limites, quer dizer, não pode dar  moleza e nem ser muito bonzinho.

Pus-me a pensar nisso... Não preciso ser "autoritário" pra conseguir a ordem num encontro de catequese. Quando o encontro é conduzido como uma batalha, quase nunca conseguimos chegar ao coração. Eles podem até por educação ou medo,  ficarem quietos por um tempo, mas será que estamos fazendo ecoar alguma coisa? Com certeza estão pensando: " Que catequista chata!"  

Concordo, que  hoje em dia grande parte de nossas crianças não tem limites, mas  não esqueçamos  que devemos tratá-los como tal. Ninguém consegue ficar atento, paralisado por uma hora, quarenta minutos, meia hora... 15 minutos??? E as vezes queremos isso! Não conseguimos isso nem com adultos!! Por exemplo, nós adultos, na missa,  quando a homilia se estende, por mais interessante que seja, com tantos "ruídos" à nossa volta, nos dispersamos... Então, quando acontecer algo parecido em nossos encontros,  precisamos  ter  jogo de cintura, para  fazê-los voltar ao foco...

Aí entra a autoridade conferida pelo próprio Cristo, a cada um que se dispõe a anunciar, evangelizar, catequizar. Autoridade de falar sob a ação do Espírito Santo.

Remoendo sobre tudo isso, estava aqui pensando nessa tal "autoridade", que não podemos confundir com autoritarismo. Fiquei tentando imaginar como os discípulos anunciavam Jesus.  Eles falavam com a autoridade de quem tinha feito a experiência de ter convivido, ouvido, visto com seus próprios olhos, ter tocado com suas próprias mãos. Fico imaginando como era o olhar que eles lançavam nas pessoas. Falavam com convicção, com amor, com unção,  com vontade...

Isso porque, a intimidade, a proximidade entre eles foi tanta, que Jesus deu uma ordem final, confiando aos seus discípulos a missão e o poder de explicarem com autoridade aquilo que Ele havia ensinado, suas palavras e seus atos, seus sinais e seus mandamentos. E pra isso, deu-lhes o Espírito Santo, pois sem ele seria impossível cumprir tal missão.

IDE, FAZEI DISCÍPULOS DE TODAS AS NAÇÕES, ENSINANDO-OS A GUARDAR TUDO QUE TENHO MANDADO... Vamos, ide sem medo, estarei com vocês, sempre...

Autoritarismo em nossos encontros? Jamais!
Use e abuse da autoridade recebida do alto, fazendo com  que transpareça a presença do ressuscitado nos temas  trabalhados.

"E bem depressa se começou a chamar catequese ao conjunto dos esforços envidados na Igreja para fazer discípulos, para ajudar os homens a acreditarem que Jesus é o Filho de Deus, a fim de que, mediante a fé, tenham a vida em Seu nome, para os educar e instruir quanto a esta vida e assim edificar o Corpo de Cristo. A Igreja nunca cansou de consagrar a tudo isso suas energias." (do caderno de estudo CATECHESI TRADENDAE - A CATEQUESE EM NOSSO TEMPO) 

Imaculada Cintra - blog Catequese e biblia

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