Jornada Mundial da Juventude
Depois
de ter entregado a cruz peregrina aos jovens em 1985, estes foram
chamados por João Paulo II para um encontro especial na Praça de São
Pedro em 1986, tornando-se assim a primeira Jornada Mundial da
Juventude. A cruz peregrina estava ali nessa celebração, testemunhando
que daquele momento em diante ela e a JMJ eram inseparáveis nesse
encontro entre o Papa e os jovens.
E enquanto não é realizada a
Jornada Mundial da Juventude por anda anda a cruz peregrina? Entre um
intervalo e outro da JMJ esse objeto está sempre peregrinando,
percorrendo as estradas do mundo, como um incansável “globetrotter”.
Em
1987 o Papa João Paulo II convocou o público juvenil para peregrinar
para Buenos Aires, evento que se tornou a primeira edição da JMJ de
cunho internacional. Momento em que a cruz também estava presente,
peregrinando pela primeira vez no Continente Americano.
Aos
jovens latino-americanos o Santo Padre recordou que, na sombra da cruz
de Cristo, eles eram protagonistas de uma dupla esperança: ser o
futuro da Igreja pelo simples fato de serem jovens e por fazerem parte
de um continente muito novo, serem a esperança para o mundo.
Em
1988, a cruz peregrina se torna a alma da Jornada Mundial da Juventude,
celebrada em âmbito diocesano em Roma, logo depois partiria para a
Alemanha e França e, por fim, atravessaria o oceano e chegaria mais uma
vez ao Continente Americano, em Steubenville nos Estados Unidos da
América. Em todos estes lugares, esse objeto, que é ícone da fé cristã,
enche de alegria os jovens, que compreendem o seu chamado.
Em
1989 a cruz faz uma peregrinação aos Países Baixos e em agosto desse
mesmo ano, ela chega a Santiago de Compostela, na Espanha, para mais
uma Jornada Mundial da Juventude com o Santo Padre e os jovens. Nessa
edição, o Pontífice convida os jovens para a descoberta do ideal de
peregrinação, tão vivo nessa cidade histórica.
Em agosto de 1991 a cruz peregrina
marcou sua história em território polonês para a Jornada Mundial da
Juventude de Czestochowa, nesta que foi a primeira JMJ depois da queda
do Muro de Berlim. A escolha da Polônia, até então país do eixo
comunista, indicou o encontro entre o Oriente e o Ocidente,
transmitindo uma mensagem de esperança, sobretudo aos jovens vindos dos
países do Leste Europeu, em particular da Rússia, como resposta ao
apelo do Papa, que na vigília com eles, pronunciou estas palavras:
“Nesta
nossa vigília, a cruz está presente entre nós. Vocês trouxeram para cá
esta cruz e colocaram-na aqui no centro da nossa assembleia… A cruz,
símbolo do amor inefável de Deus, sinal que revela que Deus é amor”.
A
cruz mais uma vez marca a história não só dos jovens e das Jornadas
Mundiais, mas da humanidade, tornando-se símbolo do poder do Evangelho,
que rompe as muralhas que separam os homens de si mesmos e de Deus.
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