CAMPANHA: “NÃO ÀS DROGAS, SIM À VIDA”
TEXTO PARA REFLEXÃO
(Rodger Marques)
A cruel realidade do mundo das drogas chama a nossa atenção porque tem crescido assustadoramente nos últimos anos. Essa situação tem provocado a morte de tantas pessoas e destruído famílias. Os cristãos não podem ficar indiferentes a essa situação, pois como discípulos e missionários de Jesus, apostam no ser humano e lutam por um mundo melhor para todos.
Para entendermos o problema das drogas é necessário refletir sobre o contexto no qual ele está inserido. Vivemos numa época que se caracteriza pelo esvaziamento de sentido da vida, o desespero e a busca ilusória de prazer. O Papa João Paulo II foi direto no cerne da questão ao afirmar: “É necessário denunciar com coragem e com força o hedonismo, o materialismo e aquele estilo de vida que facilmente induzem à droga.”
A idolatria do dinheiro, como já denunciava o profeta Amós, requer vítimas, e uma delas é o dependente das drogas. Por detrás de toda vítima da dependência química há uma indústria que precisa de muito dinheiro. De acordo com o Texto Base da Campanha da Fraternidade 2001, “É necessário tratar a vítima, mas é fundamental também atingir as causas que ultrapassam o nível da pessoa afetada.”
Desta forma, as ações em favor das vítimas da dependência das drogas devem levar em consideração todo esse contexto e tentar atacar as suas causas. Não basta repressão. Não basta reinserção. É preciso um conjunto de ações e ainda ações conjuntas, pois a responsabilidade para pôr fim a esse grave problema social é de toda a sociedade.
A Igreja nos ensina que o amor ao outro, como pessoa, exige de cada cristão um compromisso de luta para criar condições humanas, sociais e espirituais básicas que garantam a todos a alegria interior de viver, amar, ser generoso e fazer o bem. Quem ama sabe perfeitamente que o outro não é descartável, pois o amor vem de Deus, que nos criou por amor. Para Ele quanto mais frágil e necessitada é a pessoa, maior é a sua dedicação. Seu amor preferencial pelo empobrecido, pelo pecador, pelo enfermo, pelo excluído é pura gratuidade.
Mas que alternativas propor para quem busca nas drogas um sentido para a sua vida? A vida e suas possibilidades valem mais que a ilusão das drogas. É preciso propor ao dependente alternativas emocionantes e gratificantes. A própria fé é para ser vivida com alegria de quem descobre um sentido para a vida e proclama que viver é uma aventura capaz de grandes emoções.
Por isso é fundamental investir na formação humana e espiritual de cada pessoa, para que ela seja capaz de encontrar forças para não entrar no mundo das drogas e, caso entre, encontre em Deus a força necessária para superar essa dependência.
Por: Ana Cristina Damasceno
Correspondente
Paróquia Santa Ana
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