(Ag. Reuters 13/02) - O conclave que vai decidir o sucessor do papa Bento XVI vai começar a partir de 15 de março, informou o Vaticano nesta quarta-feira. O conclave que reunirá os cardeais para eleger o novo papa, vai começar de 15 a 20 dias após o cargo papal ficar vago em 28 de fevereiro, disse o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, em entrevista coletiva.
(Ag. Ecclesia) A renúncia de Bento XVI ao pontificado, anunciada segunda-feira, 11/02, no Vaticano, vai levar os cardeais da Igreja Católica com menos de 80 anos a elegerem um novo Papa, processo marcado por rituais próprios.
Dos 117 cardeais em causa, 50 participaram no conclave de 2005 que elegeu Bento XVI; os outros 67 foram criados pelo Papa cessante.
Todo o processo está previsto ao pormenor na Constituição Apostólica “Universi Dominici Gregis”, assinada por João Paulo II em 1996.
Após a ordem “Extra Omnes” (todos fora), dada às pessoas estranhas ao conclave, os Cardeais encontram-se a sós, na Capela Sistina, com os seus pares; todos os meios de comunicação com o exterior são proibidos.
Nos conclaves de séculos anteriores, os cardeais ficavam alojados na própria capela, mas João Paulo II quis melhorar as condições e mandou construir a Casa de Santa Marta, no complexo do Vaticano: os cardeais continuam a estar submetidos à interdição de qualquer contacto com o exterior, mas não ficam encerrados num único local.
Desde as primeiras assembleias cristãs romanas aos cardeais, em 1179, a eleição de um novo Papa aconteceu quase sempre em Roma e, desde 1492, na Capela Sistina.
Nem todos os conclaves, contudo, tiveram lugar no Vaticano: cinco aconteceram no Quirinal, atual palácio da presidência da República Italiana; 16 decorreram noutras cidades italianas e sete em França.
Os conclaves do século XX tiveram uma duração sempre inferior a cinco dias e 14 votações; Bento XVI foi eleito ao segundo dia do conclave de abril de 2005, após três sessões de escrutínios.
A votação acontece com o preenchimento de um boletim retangular, que apenas traz impressa a menção "Eligo in Summum Pontificem" (elejo como Sumo Pontífice) na parte superior.
O boletim é dobrado e é levado para diante do altar, onde está colocada uma urna em cima de uma mesa, com três cardeais escrutinadores, escolhidos por sorteio.
Os cardeais eleitores pronunciam o juramento: “Invoco como testemunha Cristo Senhor, o qual me há de julgar, que o meu voto é dado àquele que, segundo Deus, julgo deve ser eleito”.
Outros três cardeais têm a missão de recolher os votos dos prelados doentes e existem ainda ainda três revisores.
Se as votações não tiverem êxito, após um período máximo de 9 dias de escrutínios e “pausas de oração e livre colóquio” descrito na Constituição Apostólica, os eleitores serão convidados pelo cardeal camerlengo (D. Tarcisio Bertone) a darem a sua opinião sobre o modo de proceder.
O documento de João Paulo II abria a hipótese de a eleição ser feita “com a maioria absoluta dos sufrágios”, situação que foi revogada por Bento XVI em 2007.
Depois de cada sessão, as fichas dos votos e “os escritos de qualquer espécie relacionados com o resultado de cada escrutínio” são queimados com uma mistura de químicos: se o fumo que sai da chaminé da Capela Sistina for negro, significa que não houve acordo entre os Cardeais; se for branco, que foi escolhido o novo Papa.
Compete ao novo eleito responder a duas questões do cardeal Decano: ''Acceptasne eletionem de te canonice factam in Summum Pontificem?” (aceitas a tua eleição, canonicamente feita, para Sumo Pontífice?) e ''Quo nomine vis vocari? (Como queres ser chamado?), naquele que é o último ato formal do Conclave.
O novo pontífice é acompanhado à chamada 'sala das lágrimas' para envergar pela primeira vez os paramentos papais - disponíveis em três medidas.
Após a escolha do nome, um a um os cardeais prestam homenagem e apresentam a sua obediência ao novo Papa.
O anúncio é feito, em seguida, aos fiéis, desde o balcão central da Basílica de São Pedro, pelo cardeal protodiácono (D. Jean-Louis Tauran): "Habemus Papam”.
Todo o processo está previsto ao pormenor na Constituição Apostólica “Universi Dominici Gregis”, assinada por João Paulo II em 1996.
Após a ordem “Extra Omnes” (todos fora), dada às pessoas estranhas ao conclave, os Cardeais encontram-se a sós, na Capela Sistina, com os seus pares; todos os meios de comunicação com o exterior são proibidos.
Nos conclaves de séculos anteriores, os cardeais ficavam alojados na própria capela, mas João Paulo II quis melhorar as condições e mandou construir a Casa de Santa Marta, no complexo do Vaticano: os cardeais continuam a estar submetidos à interdição de qualquer contacto com o exterior, mas não ficam encerrados num único local.
Desde as primeiras assembleias cristãs romanas aos cardeais, em 1179, a eleição de um novo Papa aconteceu quase sempre em Roma e, desde 1492, na Capela Sistina.
Nem todos os conclaves, contudo, tiveram lugar no Vaticano: cinco aconteceram no Quirinal, atual palácio da presidência da República Italiana; 16 decorreram noutras cidades italianas e sete em França.
Os conclaves do século XX tiveram uma duração sempre inferior a cinco dias e 14 votações; Bento XVI foi eleito ao segundo dia do conclave de abril de 2005, após três sessões de escrutínios.
A votação acontece com o preenchimento de um boletim retangular, que apenas traz impressa a menção "Eligo in Summum Pontificem" (elejo como Sumo Pontífice) na parte superior.
O boletim é dobrado e é levado para diante do altar, onde está colocada uma urna em cima de uma mesa, com três cardeais escrutinadores, escolhidos por sorteio.
Os cardeais eleitores pronunciam o juramento: “Invoco como testemunha Cristo Senhor, o qual me há de julgar, que o meu voto é dado àquele que, segundo Deus, julgo deve ser eleito”.
Outros três cardeais têm a missão de recolher os votos dos prelados doentes e existem ainda ainda três revisores.
Se as votações não tiverem êxito, após um período máximo de 9 dias de escrutínios e “pausas de oração e livre colóquio” descrito na Constituição Apostólica, os eleitores serão convidados pelo cardeal camerlengo (D. Tarcisio Bertone) a darem a sua opinião sobre o modo de proceder.
O documento de João Paulo II abria a hipótese de a eleição ser feita “com a maioria absoluta dos sufrágios”, situação que foi revogada por Bento XVI em 2007.
Depois de cada sessão, as fichas dos votos e “os escritos de qualquer espécie relacionados com o resultado de cada escrutínio” são queimados com uma mistura de químicos: se o fumo que sai da chaminé da Capela Sistina for negro, significa que não houve acordo entre os Cardeais; se for branco, que foi escolhido o novo Papa.
Compete ao novo eleito responder a duas questões do cardeal Decano: ''Acceptasne eletionem de te canonice factam in Summum Pontificem?” (aceitas a tua eleição, canonicamente feita, para Sumo Pontífice?) e ''Quo nomine vis vocari? (Como queres ser chamado?), naquele que é o último ato formal do Conclave.
O novo pontífice é acompanhado à chamada 'sala das lágrimas' para envergar pela primeira vez os paramentos papais - disponíveis em três medidas.
Após a escolha do nome, um a um os cardeais prestam homenagem e apresentam a sua obediência ao novo Papa.
O anúncio é feito, em seguida, aos fiéis, desde o balcão central da Basílica de São Pedro, pelo cardeal protodiácono (D. Jean-Louis Tauran): "Habemus Papam”.
Informações Ag. Reuters e Ag. Ecclesia