O ano da fé impulsiona-nos à Nova Evangelização no nosso modo de ser catequistas
Diz-nos o Papa na Carta Apostólica Porta Fidei: “A porta da fé (cf. Act 14, 27), que introduz na vida de comunhão com Deus e permite a entrada na sua Igreja, está sempre aberta para nós. É possível cruzar este limiar, quando a Palavra de Deus é anunciada e o coração se deixa plasmar pela graça que transforma. Atravessar esta porta implica embrenhar-se num caminho que dura a vida inteira.” (PF 1).
Com estas palavras o Papa convida toda a Igreja a celebrar o Ano da Fé, recordando também os cinquenta anos do início da abertura do Concílio Vaticano II e os vinte anos da publicação do Catecismo da Igreja Católica: diz-nos “A fé em Jesus Cristo é o bem mais precioso da Igreja. Ela mesmo existe pela fé para transmitir a fé. Existe para evangelizar, anunciando Jesus Cristo como Senhor e Salvador, Amigo e Redentor dos homens”. Com o objetivo de re-impulsionar, através da fé, toda a Igreja à missão e ao anúncio da Palavra de Deus convocou todos os Bispos a um Sínodo para trabalhar o tema da “A nova evangelização para a transmissão da fé cristã”.
Fazer história ajuda-nos a fixar os acontecimentos e revalorizar a Graça derramada, Monsenhor Conejero, Bispo de Formosa, ajuda-nos neste caminho...
No início da década sessenta do século passado, o Concílio Vaticano II proclamou com muita força que a Igreja peregrina e, por sua natureza missionaria, uma vez que toma a sua origem da missão do Filho e da missão do Espírito Santo, segundo o propósito de Deus Pai; e exortou “a todos os fiéis como membros de Cristo vivo, o dever que tem de cooperar na expansão e dilatação do Corpo de Cristo vivo para levá-Lo quanto antes à plenitude, conscientes da sua responsabilidade na obra da evangelização, sabendo que a sua primeira e principal obrigação em prol da difusão da fé é viver profundamente a vida cristã”.
Nos anos setenta, dez anos após o encerramento do Concílio Vaticano II, depois do Sínodo sobre a Evangelização, o Papa Paulo VI ofereceu-nos a sempre lucida e atual exortação Evangelii Nuntiandi, oferecendo-nos uma visão global da complexa ação evangelizadora da Igreja, que deve ter presente todos os vários elementos que a compõem e integrados complementariamente (“renovação da humanidade, testemunho, anúncio explícito, adesão do coração, entrada na comunidade, aceitação dos sinais e iniciativas de apostolado”).
No nosso continente, em Puebla, a III Conferência Geral do Episcopado Latino-americano com o tema: A Evangelização no presente e no futuro da América Latina, atualizou e recordou à Igreja a sua missão essencial, com opção preferencial pelos pobres e os jovens.
Nos anos oitenta, o Papa João Paulo II, “formulou o primeiro programa de uma Nova Evangelização em solo americano”. “A comemoração do milénio de evangelização vai atingir o seu pleno significado se é um compromisso vosso como Bispos, junto com os vossos presbíteros e fiéis; compromisso, não de reevangelização, mas sim de uma nova evangelização. Nova no seu ardor, nos seus métodos, na sua expressão” (Discurso à Assembleia do CELAM (9 de março de 1983)).
Em muitos dos seus documentos o beato João Paulo II aproveitava a oportunidade para relacionar os temas essenciais da vida cristã à Nova Evangelização, Christifidelis Laici sobre a Vocação e Missão dos leigos na Igreja e no Mundo, Veritatis Splendor, Carta Encíclica sobre algumas questões fundamentais do ensino moral da Igreja, dedica uma importante secção à “moral e nova evangelização”.
Após o pontificado de Paulo VI, como fruto do Concílio Vaticano II, o Espírito Santo inspirou fortemente a Igreja na sua identidade e finalidade principal: a Evangelização. João Paulo II apresentou-nos, aliás, a necessidade de uma Nova Evangelização, delineando causas e situações, e assinalando atitudes e programas. Bento XVI, reconhecendo as expectativas dos seus predecessores, aprofunda a reflexão e oferece canais concretos (Novo Dicastério, Sínodo dos Bispos, Ano da Fé).
Portanto, podemos dizer…
A convocatória para celebrar o Ano da Fé unifica as tarefas evangelizadoras na estreita vinculação com a Nova Evangelização e a Missão Continental impulsionada desde Aparecida. O Ano da Fé é um renovado impulso à nova evangelização.
O Papa na sua Carta Apostólica convida-nos a:
Renovar a fé num encontro pessoal com Jesus Cristo. Diz-nos que o fundamento da fé cristã é o encontro com um acontecimento, com uma Pessoa que dá à vida um novo horizonte e, desta forma, o rumo decisivo.
Aprofundar o conhecimento dos conteúdos da fé para dar testemunho dos mesmos. Existe uma unidade profunda entre o ato com que se acredita e os conteúdos aos quais prestamos o nosso consentimento. A fé é decidir-se a estar com o Senhor para viver com Ele, e estar com Ele leva-nos a compreender as razões pelas quais se acredita.
Professar e comunicar a nossa fé. A fé vivida na Igreja liberta-nos do isolamento do eu e coloca-nos em comunhão com Deus e os nossos irmãos. A fé exige a responsabilidade social do que se crê. “A renovação da Igreja realiza-se também através do testemunho prestado pela vida dos crentes: de facto, os cristãos são chamados a fazer brilhar, com a sua própria vida no mundo, a Palavra de verdade que o Senhor Jesus nos deixou.” (PF 6)
Os Bispos da Argentina propõem-nos três atitudes para viver o ano da fé:
A Alegria, é a porta para o anúncio da Boa Nova e também a consequência de viver a fé. A alegria cristã é um dom de Deus que surge naturalmente do encontro pessoal com Jesus Ressuscitado.
O Entusiasmo, significa: o que leva Deus consigo, quando nos deixamos levar pelo entusiasmo, uma inspiração divina no meio de nós e serve-se da nossa pessoa para manifestar-se. É a experiência de um Deus ativo dentro de mim, é o Espírito Santo. A nova evangelização precisa de agentes evangelizadores entusiasmados, que confiem na força do Espírito que habita em cada um e o impulsiona interiormente para anunciar o Evangelho.
A proximidade, o estilo de Jesus distingue-se pela proximidade cordial. Da amizade com Jesus surge um novo modo de relação, a quem se vê como irmão.
“Que «a Palavra do Senhor avance e seja glorificada» (2 Ts 3, 1)! Possa este Ano da Fé tornar cada vez mais firme a relação com Cristo Senhor, dado que só n’Ele temos a certeza para olhar o futuro e a garantia dum amor autêntico e duradouro.” (PF 15)
Impulsionados pelo acompanhamento e a proximidade dos nossos pastores lancemo-nos a viver este ano da Fé com toda a nossa vida, deixemos que a Fé nos envolva e nos faça felizes no chamado que Deus nos faz a ser catequistas renovados na fé e no espírito.
Juan Manuel Romero
Movimento da Palavra de Deus
Processo Comunitário para a Confirmação
Diz-nos o Papa na Carta Apostólica Porta Fidei: “A porta da fé (cf. Act 14, 27), que introduz na vida de comunhão com Deus e permite a entrada na sua Igreja, está sempre aberta para nós. É possível cruzar este limiar, quando a Palavra de Deus é anunciada e o coração se deixa plasmar pela graça que transforma. Atravessar esta porta implica embrenhar-se num caminho que dura a vida inteira.” (PF 1).
Com estas palavras o Papa convida toda a Igreja a celebrar o Ano da Fé, recordando também os cinquenta anos do início da abertura do Concílio Vaticano II e os vinte anos da publicação do Catecismo da Igreja Católica: diz-nos “A fé em Jesus Cristo é o bem mais precioso da Igreja. Ela mesmo existe pela fé para transmitir a fé. Existe para evangelizar, anunciando Jesus Cristo como Senhor e Salvador, Amigo e Redentor dos homens”. Com o objetivo de re-impulsionar, através da fé, toda a Igreja à missão e ao anúncio da Palavra de Deus convocou todos os Bispos a um Sínodo para trabalhar o tema da “A nova evangelização para a transmissão da fé cristã”.
Fazer história ajuda-nos a fixar os acontecimentos e revalorizar a Graça derramada, Monsenhor Conejero, Bispo de Formosa, ajuda-nos neste caminho...
No início da década sessenta do século passado, o Concílio Vaticano II proclamou com muita força que a Igreja peregrina e, por sua natureza missionaria, uma vez que toma a sua origem da missão do Filho e da missão do Espírito Santo, segundo o propósito de Deus Pai; e exortou “a todos os fiéis como membros de Cristo vivo, o dever que tem de cooperar na expansão e dilatação do Corpo de Cristo vivo para levá-Lo quanto antes à plenitude, conscientes da sua responsabilidade na obra da evangelização, sabendo que a sua primeira e principal obrigação em prol da difusão da fé é viver profundamente a vida cristã”.
Nos anos setenta, dez anos após o encerramento do Concílio Vaticano II, depois do Sínodo sobre a Evangelização, o Papa Paulo VI ofereceu-nos a sempre lucida e atual exortação Evangelii Nuntiandi, oferecendo-nos uma visão global da complexa ação evangelizadora da Igreja, que deve ter presente todos os vários elementos que a compõem e integrados complementariamente (“renovação da humanidade, testemunho, anúncio explícito, adesão do coração, entrada na comunidade, aceitação dos sinais e iniciativas de apostolado”).
No nosso continente, em Puebla, a III Conferência Geral do Episcopado Latino-americano com o tema: A Evangelização no presente e no futuro da América Latina, atualizou e recordou à Igreja a sua missão essencial, com opção preferencial pelos pobres e os jovens.
Nos anos oitenta, o Papa João Paulo II, “formulou o primeiro programa de uma Nova Evangelização em solo americano”. “A comemoração do milénio de evangelização vai atingir o seu pleno significado se é um compromisso vosso como Bispos, junto com os vossos presbíteros e fiéis; compromisso, não de reevangelização, mas sim de uma nova evangelização. Nova no seu ardor, nos seus métodos, na sua expressão” (Discurso à Assembleia do CELAM (9 de março de 1983)).
Em muitos dos seus documentos o beato João Paulo II aproveitava a oportunidade para relacionar os temas essenciais da vida cristã à Nova Evangelização, Christifidelis Laici sobre a Vocação e Missão dos leigos na Igreja e no Mundo, Veritatis Splendor, Carta Encíclica sobre algumas questões fundamentais do ensino moral da Igreja, dedica uma importante secção à “moral e nova evangelização”.
Após o pontificado de Paulo VI, como fruto do Concílio Vaticano II, o Espírito Santo inspirou fortemente a Igreja na sua identidade e finalidade principal: a Evangelização. João Paulo II apresentou-nos, aliás, a necessidade de uma Nova Evangelização, delineando causas e situações, e assinalando atitudes e programas. Bento XVI, reconhecendo as expectativas dos seus predecessores, aprofunda a reflexão e oferece canais concretos (Novo Dicastério, Sínodo dos Bispos, Ano da Fé).
Portanto, podemos dizer…
A convocatória para celebrar o Ano da Fé unifica as tarefas evangelizadoras na estreita vinculação com a Nova Evangelização e a Missão Continental impulsionada desde Aparecida. O Ano da Fé é um renovado impulso à nova evangelização.
O Papa na sua Carta Apostólica convida-nos a:
Renovar a fé num encontro pessoal com Jesus Cristo. Diz-nos que o fundamento da fé cristã é o encontro com um acontecimento, com uma Pessoa que dá à vida um novo horizonte e, desta forma, o rumo decisivo.
Aprofundar o conhecimento dos conteúdos da fé para dar testemunho dos mesmos. Existe uma unidade profunda entre o ato com que se acredita e os conteúdos aos quais prestamos o nosso consentimento. A fé é decidir-se a estar com o Senhor para viver com Ele, e estar com Ele leva-nos a compreender as razões pelas quais se acredita.
Professar e comunicar a nossa fé. A fé vivida na Igreja liberta-nos do isolamento do eu e coloca-nos em comunhão com Deus e os nossos irmãos. A fé exige a responsabilidade social do que se crê. “A renovação da Igreja realiza-se também através do testemunho prestado pela vida dos crentes: de facto, os cristãos são chamados a fazer brilhar, com a sua própria vida no mundo, a Palavra de verdade que o Senhor Jesus nos deixou.” (PF 6)
Os Bispos da Argentina propõem-nos três atitudes para viver o ano da fé:
A Alegria, é a porta para o anúncio da Boa Nova e também a consequência de viver a fé. A alegria cristã é um dom de Deus que surge naturalmente do encontro pessoal com Jesus Ressuscitado.
O Entusiasmo, significa: o que leva Deus consigo, quando nos deixamos levar pelo entusiasmo, uma inspiração divina no meio de nós e serve-se da nossa pessoa para manifestar-se. É a experiência de um Deus ativo dentro de mim, é o Espírito Santo. A nova evangelização precisa de agentes evangelizadores entusiasmados, que confiem na força do Espírito que habita em cada um e o impulsiona interiormente para anunciar o Evangelho.
A proximidade, o estilo de Jesus distingue-se pela proximidade cordial. Da amizade com Jesus surge um novo modo de relação, a quem se vê como irmão.
“Que «a Palavra do Senhor avance e seja glorificada» (2 Ts 3, 1)! Possa este Ano da Fé tornar cada vez mais firme a relação com Cristo Senhor, dado que só n’Ele temos a certeza para olhar o futuro e a garantia dum amor autêntico e duradouro.” (PF 15)
Impulsionados pelo acompanhamento e a proximidade dos nossos pastores lancemo-nos a viver este ano da Fé com toda a nossa vida, deixemos que a Fé nos envolva e nos faça felizes no chamado que Deus nos faz a ser catequistas renovados na fé e no espírito.
Juan Manuel Romero
Movimento da Palavra de Deus
Processo Comunitário para a Confirmação
Fonte/site: ABC da catequese
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