No dia 26 de abril de 1500, num banco de coral na praia da Coroa Vermelha
no litoral sul da Bahia, foi rezada uma missa de Páscoa, a primeira
de tantas que desde então foram celebradas naquele que veio a tornar-se
o maior país católico do mundo. Acompanhe os passos iniciais
dos padres evangelizadores e as etapas das missões católicas
no Brasil Colonial.
O Frei Henrique de Coimbra, um franciscano, oficiou-a todo aparamentado, enquanto a tripulação congregava-se na praia as voltas do altar. Tomavam posse daquela Ilha de Vera Cruz, em nome do rei de Portugal e da santa fé católica. Os nativos, dóceis, se portaram de tal modo que Caminha convenceu-se da fácil conversão deles no futuro. Um par de padres, dos bons, escreveu ele ao rei, bastava.
A decisão de vir ocupar o Brasil
Porém, não foi essa a decisão da Coroa. Demorou quase meio século para que um reduzido destacamento de jesuítas desembarcasse no Brasil para fins de catequese. As políticas anteriores de ocupação da nova terra ( o arrendamento ao consórcio de cristãos-novos de Fernão de Noronha, e, depois, a doação de capitanias), redundaram em fracasso. Foi o acirramento do combate teológico contra os protestantes, e as visitas das naus bretãs e flamengas atrás do pau-tinta, quem fez o rei abandonar a desatenção para com o Brasil. Tinha urgentemente que ocupar os pontos estratégicos da costa e por aqueles hereges à correr. Ou tomava conta de vez, ou perdia tudo.
Desentendeu-se Nóbrega, a seguir, com o teólogo Quirino Caxa, examinador dos Casos de Consciência da Bahia que dera o parecer, bem pouco cristão, de que um pai índio, em caso de penúria "da grande", podia vender seus filhos, e que o próprio nativo, se em idade para tanto, podia empenhar a si mesmo. Lançada as fundações do Colégio de Meninos de Salvador, o Padre Nóbrega, o cérebro estratégico da Companhia de Jesus no Brasil, não demorou em perceber, depois de uma visita que fez a São Vicente, bem mais ao sul, das vantagens da instalação de um centro de catequese no Planalto de Piratininga.
Fonte: Portal São Francisco
Frei Henrique sacraliza o ato de posse do Brasil
"E quando veio ao Evangelho, que nos erguemos todos em pé, com
as mãos levantadas, eles (os índios) se levantaram conosco e
alçaram as mãos, ficando assim, até ser acabado: e então
tornaram-se a assentar como nós... e em tal maneira sossegados, que,
certifico a Vossa Alteza, nos fez muita devoção." - Carta
de Caminha a El-Rei, 1º de maio de 1500A Primeira Missa e a conclusão de Caminha
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Dias já faziam em que estavam os lusos ali entre idas à praia e voltas ao mar. Carregavam água, frutas e o lenho para os barcos, enquanto dois carpinteiros separavam um enorme tronco para a feitura da Cruz. Os índios, uns oitenta ou mais, tagarelas, estorvantes, arrodeavam os marinheiros em seus afazeres, olhando pasmos o efeito do fio do ferro na árvore. Da mata próxima vinham os barulhos da bicharada, o ruído forte dos papagaios, dos bugios, e de uma poucas pombas rolas. A missa mesmo, a primeira no Brasil, deu-se no Domingo de Páscoa, 26 de abril de 1500, quando afincaram a Cruz no chão macio de um banco de areia em Porto Seguro.
O Frei Henrique de Coimbra, um franciscano, oficiou-a todo aparamentado, enquanto a tripulação congregava-se na praia as voltas do altar. Tomavam posse daquela Ilha de Vera Cruz, em nome do rei de Portugal e da santa fé católica. Os nativos, dóceis, se portaram de tal modo que Caminha convenceu-se da fácil conversão deles no futuro. Um par de padres, dos bons, escreveu ele ao rei, bastava.
A decisão de vir ocupar o Brasil
Porém, não foi essa a decisão da Coroa. Demorou quase meio século para que um reduzido destacamento de jesuítas desembarcasse no Brasil para fins de catequese. As políticas anteriores de ocupação da nova terra ( o arrendamento ao consórcio de cristãos-novos de Fernão de Noronha, e, depois, a doação de capitanias), redundaram em fracasso. Foi o acirramento do combate teológico contra os protestantes, e as visitas das naus bretãs e flamengas atrás do pau-tinta, quem fez o rei abandonar a desatenção para com o Brasil. Tinha urgentemente que ocupar os pontos estratégicos da costa e por aqueles hereges à correr. Ou tomava conta de vez, ou perdia tudo.
Os primeiros seis missionários
Anchieta e o Padre Nóbrega
A guerra econômica e religiosa das Europas, transferiu-se assim para
o Brasil. Nos barcos de Tomé de Souza, o fundador de Salvador, vieram
junto, em março de 1549, os soldados de Cristo, os homens-de-preto
da recém fundada ordem de Santo Inácio de Loyola. Eram apenas
quatro. O Padre Manoel da Nóbrega e o Padre Aspicuelta Navarro foram
os mais famosos, depois, é claro, do Padre José de Anchieta
que arribou mais tarde. A eles juntaram-se mais dois: Antônio Rodrigues,
um ex-soldado mestre nos idiomas nativos, e Pêro Correia, um ricaço
que decidira-se pelo hábito talar, e que, para Nóbrega, "era
a melhor língua do Brasil". O trabalho era imenso. Evangelizar
aquela massa de gentios, com mil falas, que se espalhava por aquele mundão
todo, era tarefa de gigantes. Talvez nem o apostolo Paulo, no lugar deles,
conseguisse.Desentendeu-se Nóbrega, a seguir, com o teólogo Quirino Caxa, examinador dos Casos de Consciência da Bahia que dera o parecer, bem pouco cristão, de que um pai índio, em caso de penúria "da grande", podia vender seus filhos, e que o próprio nativo, se em idade para tanto, podia empenhar a si mesmo. Lançada as fundações do Colégio de Meninos de Salvador, o Padre Nóbrega, o cérebro estratégico da Companhia de Jesus no Brasil, não demorou em perceber, depois de uma visita que fez a São Vicente, bem mais ao sul, das vantagens da instalação de um centro de catequese no Planalto de Piratininga.
Fonte: Portal São Francisco
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