Peço que leiam com atenção amensagem de nosso BispoDom Alfredo Schaffler - Bispo da Diocese de Parnaíba |
PASSARAM-SE DOIS ANOS E AS VÍTIMAS CONTINUEM ESPERANDO...
Deus sempre colocou o seu ouvido à escuta do povo oprimido, e a Igreja na sua evangélica opção preferencial pelos pobres, procura atender o apelo de Cristo indo ao encontro dos abandonados, dos humilhados, dos desprezados da sociedade de hoje que grita por atenção respeito, justiça e dignidade.
Faz dois anos que aconteceu o rompimento da Barragem dos Algodões I no município de Cocal que pertence a esta Diocese de Parnaíba. Ouvindo os relatos das pessoas que foram atingidas por este desastre, é triste, pois perderam tudo que construíram ao longo de suas vidas.
É bom lembrar que diante do perigo eminente, todas as famílias foram retiradas das sua casas, mas depois foram encaminhados de volta para suas residências. E em pouco tempo aconteceu o rompimento da barragem que arrastou sues pertences, suas casas e vidas. De acordo com as informações, a contagem que se tem são quinze pessoas que morreram pelas águas ou conseqüências imediatas.
No Antigo Testamento escutamos: “eu vi, eu vi a miséria do meu povo que está no Egito. Ouvi o seu clamor por causa dos seus opressores, pois eu conheço as suas angustias. “( Ex. 3, 7)
Interessante quando se pode ler no Almanaque Abril de 2010 na 36ª edição na página 694 nos Dados gerais do Estado do Piauí: “Em junho de 2009, o Estado recebe 125 milhões de reais para dar início às obras de habitação e restauração nas localidades afetadas pelo rompimento da barragem de Algodões I, ocorrido em maio.
A í surge a grande pergunta: Porque depois de dois anos as pessoas ainda não foram indenizadas? Até quando as famílias atingidas precisam fazer manifestações públicas em frente ao Palácio do Governo a fim de encontrar pessoas sensíveis que façam prevalecer à justiça?
A í surge a grande pergunta: Porque depois de dois anos as pessoas ainda não foram indenizadas? Até quando as famílias atingidas precisam fazer manifestações públicas em frente ao Palácio do Governo a fim de encontrar pessoas sensíveis que façam prevalecer à justiça?
A comunidade política está essencialmente ao serviço da sociedade civil e, em última análise, das pessoas e dos grupos que a compõem.
Sai Governo e entra Governo e não aflora a devida sensibilidade diante deste sofrimento vivido concretamente por tantas pessoas. Em épocas que antecedem as eleições em todos os níveis, candidatos até aparecem nos locais em que as vítimas se encontram, mas lamentavelmente muitos desaparecem depois da campanha política e a situação das pessoas que mais necessitam de uma palavra, um gesto ou uma ação concreta, ficam à margem do esquecimento.
Confiante na grandeza de Deus e na boa vontade dos homens, esperamos que todos os atingidos pela catástrofe de 2009 ocorrida em Cocal alcancem soluções para que possam depois de tanto tempo finalmente reconstruir suas vidas com dignidade.
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