Para eles só havia um ser verdadeiramente santo na natureza: era o homem, criado à imagem e semelhança de Deus. Então, acreditar nas histórias fantasiosas dos deuses, era incompatível com a verdade.” Não seguimos fábulas habilmente inventadas” (2 Pd 1, 16).
Para as crianças nós continuamos, nos dias atuais, a contar histórias de fadas, cheias de mentirinhas inocentes. Até as criancinhas sabem que essas histórias não são reais. Mas a humanidade persiste em contá-las porque ensinam que o mal é punido e o bem triunfa sobre o mal. Até aí concordamos, e dizemos com os italianos: meno male.
Mas algumas histórias mirabolantes das novelas, exibidas hoje em dia na televisão, são um “aggiornamento” de mitos, não tão inocentes. Outrora eram afagados pelos pagãos. São os adultos contando estórias confortadoras, como se verdades fossem.
Falam de aparições de pessoas falecidas, de consultas aos mortos , e quejandos. Uma vez que Deus não nos revela como estão os falecidos (eles estão em outra dimensão), então tentamos enganar o Poderoso, invocando (por fora), seus espíritos. Esse é um ato particularmente detestado pelas Escrituras Sagradas, por serem um ato de magia. Os atos mágicos representam uma vontade de possuir forças secretas para superar a dureza da vida.
Essas consultas podem trazer um conforto para os familiares, mas são irreais. Jesus era um homem absolutamente realista, sem fantasias, e nada visionário. Ele nos chamou à realidade da vida, e nos convocou para a coragem. Quis incutir em nós uma esperança sem desfalecimento. Ele ainda hoje diz a todos os sofredores: “ Coragem, eu venci o mundo” (Jo 16, 33). O nosso caminho é esse.
Por: DOM ALOÍSIO ROQUE OPPERMANN
SCJ ARCEBISPO DE UBERABA, MG
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